É necessário que o seu navegador tenha o suporte a javascript habilitado para navegar neste site. Shtetele - Os judeus do sul
  • 00 item(s) - R$ 0,00
Seu carrinho de compras está vazio.
  • Shtetele - Os Judeus do Sul

Shtetele - Os Judeus do Sul

Autor: Felipe Goifman
SKU: 146429
Páginas: 180
Avaliação geral:

A história da imigração judaica no Rio Grande do Sul, que completou 120 anos em 2024, ganha um novo e bem-vindo registro: o livro "Shtetele - Os Judeus do Sul", com fotografias e textos de Felipe Goifman, que mostram essa presença em cidades como Porto Alegre, Santa Maria, Quatro Irmãos, Erechim, Passo Fundo, Pelotas e Rio Grande.

R$ 130,00 2x de R$ 65,00 s/ juros no Cartão
Disponibilidade: Imediata

Quem comprou esse produto também comprou:

A Torá da Humanidade

R$60,00

R$36,00

A história dos judeus - Vol. 2 (S. Schama)
R$190,00
em até 3x de R$63,33
Menorá dourada decorada grande
R$580,00
em até 6x de R$96,66
Chanukiá de metal dourada + Velas para Chanucá

R$630,00

R$600,00

em até 6x de R$100,00
Origens
R$140,00
em até 2x de R$70,00

Descrição

A história da imigração judaica no Rio Grande do Sul, que completou 120 anos em 2024, ganha um novo e bem-vindo registro: o livro Shtetele - Os Judeus do Sul, com fotografias e textos de Felipe Goifman, que mostram essa presença em cidades como Porto Alegre, Santa Maria, Quatro Irmãos, Erechim, Passo Fundo, Pelotas e Rio Grande.


Formato: 28 x 28 cm.

 

*

A imigração judaica para o Rio Grande do Sul é talvez a única imigração judaica feita de maneira organizada e foi a primeira imigração em massa de judeus ashquenazitas, (da Europa Central e do Leste Europeu), para o Brasil.

O Barão Maurice de Hirsch, proprietário do Orient Express e de outras linhas férreas, entre outras empresas, após perder tragicamente o seu filho, resolveu dedicar toda a sua fortuna para ajudar os judeus a escaparem dos progroms e das terríveis perseguições que sofriam no Império Russo. Junto com outros empresários judeus, ele fundou uma associação judaica para resgatar os judeus que viviam em uma situação muito difícil, confinados em sua maioria, em uma área de assentamento chamada de Pale of Settlement, criada pelo czar da Rússia, para segregar os judeus.

Era uma área enorme, que incluía partes da Romênia, Moldávia, Ucrânia, Polônia, Lituânia e Bielo Rússia. A ICA, Associação Judaica para Colonização, fundada pelo Barão Hirsch, (que é considerado um dos maiores filantropos da história judaica e já recebeu a alcunha de Moisés da Américas), comprou terras e fundou colônias nos Estados Unidos, Canadá, Argentina e Brasil (entre outros países).

O problema era como transformar os judeus, que estavam se urbanizando e vinham de pequenas cidades, em agricultores? Essas pequenas cidades, os 'shtetlach" - daí vem o nome do livro shtetele, de shtetl (kleine staat, pequena cidade em iídiche, idioma falado por esses judeus) -, formadas basicamente por artesãos e comerciantes judeus do Império Russo, foram transportadas e reproduzidas no Rio Grande do Sul, nas colônias de Quatro Irmãos e Philippson, perto de Erechim e Santa Maria.

O livro Shtetele - Os Judeus do Sul conta um pouco dessa saga ao mesmo tempo que narra a realidade econômica e climática do Rio Grande do Sul, Estado que tem sofrido enormemente com o aquecimento global.

Trechos

"No início do século 20, milhares de judeus partiram em busca de uma segunda chance em uma nova terra. Não foi uma jornada voluntária: eles deixaram suas casas e suas raízes para fugir das perseguições e dos pogroms do Império Russo. Era como se fossem verdadeiras comunidades que atravessassem o Atlântico, em navios a vapor, com destino ao Brasil. No Rio de Janeiro, porto do primeiro desembarque, fizeram os procedimentos de imigração e aduana. Depois, um outro navio os levou até Rio Grande, na costa do Rio Grande do Sul. Dali, transportados por trens, os refugiados seguiram para Santa Maria da Boca do Monte e seus shtetele subtropicais - um novo mundo que mais parecia um novo planeta, todo colorido e misturado. Em nada lembrava a monotonia eslava da paisagem cinza das vilas e pequenas cidades de sua Bessarábia natal..."

 

"... Como em um conto de Sholem Aleichem, todos os personagens do shtetl se agrupam pelas aldeias de contornos eternizados nas pinturas de Marc Chagall. Nelas há lugar para todo mundo: estão lá o chamado do shofar para as rezas da sinagoga; o uivo dos ancestrais; as barbas dos rabinos; os gritos das crianças; os sons dos animais; os berros da iídiche mama chamando seus filhos; o silêncio dos estudantes que voltam da yeshivá; a algazarra dos músicos de Klezmer; o schochet oferecendo a carne fresca e kasher; e o barulho dos vendedores na rua, oferecendo seus produtos, com voz ainda mais alta que o louco que berra cânticos, nigunim e algumas rezas de Shabat..."

 

"... Em A Guerra no Bom Fim, seu primeiro livro, lançado em 1972, o médico e escritor Moacyr Scliar escreve como se o bairro fosse um país, não um pedaço de Porto Alegre.
Scliar escreve como se estivesse nos anos 1940, vivendo a Segunda Guerra Mundial, através dos olhos do menino Joel, o protagonista, que em sua imaginação era o rei, o chefe dos meninos do Bom Fim.
Ele escreve: "Depois do almoço, o Bom Fim mergulhava em pasmaceira; aos poucos os meninos ressurgiam, dessa vez a caminho das aulas da tarde. Voltavam às cinco, entravam em casa correndo, jogavam as pastas a um canto e saíam para o futebol. Ao crepúsculo, uma luz mágica, dourada, iluminava o Bom Fim. Nesse bairro, nesse pequeno país, a esta luz, Chagall teria visto os violinistas em um lento voo sobre os telhados... O Bom Fim está hoje cheio de altos edifícios, mas nos desvãos que os separam é possível, em certas noites, ouvir-se sons de violino"."

Sobre o autor

Felipe Goifman

Nasceu em 1966, em Belo Horizonte. Desde 1987, quando participou da exposição Dez Jovens da Fotografia Brasileira, na Galeria Funarte, e vem viajando pelo Brasil e mundo afora atrás de histórias de vida e de vidas repletas de histórias. Suas reportagens e ensaios fotográficos foram publicados em dezenas de revistas, em mais de 20 países e pelo menos em quatro sistemas de escrita diferentes.

Felipe é colaborador habitual da revista National Geographic e autor de vários livros. Atualmente, dedica-se à produção de uma série de documentários audiovisuais sobre as comunidades judaicas brasileiras. Os filmes Marranos do Sertão e Amazônia Hebraica: o Rio dos Coben estão disponíveis on-line. Seu trabalho faz parte da coleção do Museu de Arte Contemporânea da USP.

 

Outras obras já publicadas:

Em busca de Sefarad
Beit Sinagogas do Rio
Hakitia - Amazônia Hebraica


 

 

 


Avaliação dos Clientes

Seja o primeiro a avaliar este produto.