O real sentido da liberdade
Pêssach é a festa da libertação. A passagem da totalidade de um povo, da escravidão para a liberdade. Ou melhor, a transformação de uma multidão de escravos em um povo livre!
Livre, para quê? Para seguir qualquer rumo? Para que cada um escolhesse o caminho que lhe parecesse mais apetecível? Para reproduzir a degeneração da sociedade onde fora escravizado?
Não. Livre para aceitar a missão de praticar a justiça, defender os órfãos, as viúvas e todos os oprimidos, alcançar os mais altos padrões de moral, dignificar a família e difundir o monoteísmo ético para toda a humanidade.
Uma missão inimaginável ante os padrões de iniquidade, imoralidade e injustiça vigentes naquela época.
Um caminho cheio de obstáculos a ser seguido, que se estende na dimensão do tempo, entre avanços e recuos, e que continua em nossos dias.
Detenhamo-nos, agora, num comentário sobre um dos trechos da Hagadá (narrativa) de Pêssach, que diz: "Por isso, mesmo que sejamos todos sábios, cultos, anciãos e conhecedores profundos da Torá, é nosso dever narrar o Êxodo do Egito; e aquele que a isso bastante se dedicar, merece ser elogiado."
Conta-se que, em uma grande cidade, estava anunciada uma convenção, à qual deveriam comparecer os maiores negociantes e colecionadores de joias.
Um grupo deles viajava num navio que, em sua rota, enfrentou terrível tempestade, da qual escapou milagrosamente.
Ao aportar na cidade da convenção, onde uma multidão ansiosa os aguardava, os passageiros se apressaram a descer e manifestar sua satisfação pela salvação alcançada.
O colecionador de pérolas se aproximou do grupo de patrocinadores, que deveria receber os participantes da convenção, e disse: "Em gratidão ao Eterno, pelo que fez por mim, quero financiar a construção de um grande Templo."
O colecionador de rubis, porém, não deixou que ele se estendesse em seu pronunciamento e afirmou: "Eu financiarei o Templo, pois o Eterno fez mais por mim do que por este colecionador de pérolas."
Nem bem terminara de falar, o colecionador de diamantes gritou: "Eu é que financiarei o Templo, pois foi por mim que o Eterno fez mais!"
Sem entender a razão da discussão, um dos patrocinadores perguntou: "Mas afinal, o Eterno não salvou a vida de cada um de vocês? Ele não fez o mesmo por todos?"
O negociante de pérolas se apressou a responder: "Ele fez muito por mim porque, além da minha vida, salvou minha coleção de pérolas, que é de inestimável valor."
O negociante de rubis, porém, afirmou: "Ele fez mais por mim porque, além da minha vida, salvou minha coleção de rubis, que é única no mundo."
O colecionador de diamantes corrigiu: "Ele fez mais por mim, pois salvou minha coleção de diamantes que tem maior valor que suas duas coleções juntas!"
Essa história nos ajuda a compreender aquele trecho da Hagadá. Isto porque o Eterno, nosso Deus, não somente salvou nossa vida, trazendo-nos da escravidão para a liberdade, mas, além disto, nos deu o maior de todos os tesouros: Sua sagrada Torá. Quanto mais conhecedores da mesma, mais experientes na vida, mais sábios ou mais inteligentes formos, melhor perceberemos a extraordinária dimensão que Ele acrescentou às nossas vidas ao conceder-nos tão maravilhoso presente.
Cônscios da importância da Torá em nossas vidas, mergulhemos no estudo da história de nossa libertação do Egito, com todo vigor e toda dedicação possível.
Caminhemos através dos shabatot que antecedem Pêssach, recebendo cada uma de suas mensagens e, desta forma, preparemo-nos para celebrá-lo com a consciência de vivermos como um povo - praticando "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", participando da luta pelos direitos universais de todos os homens, mantendo-nos íntegros, mesmo que cercados por falsidades, calúnias, ódios e incompreensões, livres de ditames de sociedades injustas, aceitando somente o jugo da Torá, sabendo honrar nossos antepassados e dando exemplos valorosos às novas gerações.
Desta forma, certamente, Pêssach terá mais significado e a visão messiânica de nossos profetas estará mais próxima de se tornar realidade.
(Adaptação de uma história do Maguid de Dubno)
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Uma vitória impossível
(FOTO DA RÉPLICA DA MENORÁ DO TEMPLO, EXIBIDA NA CIDADE VELHA DE JERUSALÉM - Flicker)
Essa festa foi estabelecida um ano depois que, numa vitória que parecia impossível, os Macabeus derrotaram os exércitos de mercenários sírio-helênicos e, em 25 de Kislev, purificaram e fizeram a rededicação do Templo de Jerusalém, que havia sido conspurcado.
Para acender a Menorá (candelabro de 7 braços) do Templo só podia ser usado óleo de oliva puríssimo e especialmente preparado para este fim, que era guardado em recipientes em cuja tampa era colocado o selo do Cohen Gadol (Sumo Sacerdote), para assegurar que não tinham sofrido qualquer alteração.
Os gregos haviam estragado ou quebrado todos os recipientes, exceto um, que foi encontrado intacto. A quantidade de óleo nele existente seria suficiente para apenas um dia e seriam necessários mais 8 dias para que se preparasse nova quantidade. Assim mesmo, decidiram acender a Menorá e, milagrosamente, o óleo durou o tempo necessário para que a nova partida ficasse pronta, ou seja, 8 dias.
Os gregos não pretendiam destruir fisicamente os judeus, mas, sim, espiritualmente. Pretendiam que houvesse uma uniformidade religiosa e cultural em todas as terras por eles dominadas e não queriam admitir a particularidade da religião judaica. Houve até uma corrente de judeus que considerou ser mais conveniente concordar com esse propósito e adotar os deuses e costumes gregos.
Na pequena cidade de Modiin, uma família de Cohanim (sacerdotes), cujo patriarca era Matatiáhu ben Iochanan, lançou-se à luta contra essa assimilação, que significava a renúncia de nossa fé e nossa tradição, e numa guerra em estilo de guerrilha, desafiou e venceu sucessivas levas de exércitos mercenários enviados pelos gregos, reconquistando por fim Jerusalém e restabelecendo os serviços tradicionais no Templo.
No texto abaixo, transmitimos um pouco do significado desse evento histórico e dos milagres que o caracterizaram.
No primeiro capítulo do Pirkê Avót (livro de ensinamentos éticos) encontramos uma mishná atribuída a Shimon Hatsadic, que diz o seguinte: Sobre três coisas se firma o Universo: Torá (estudo da Lei Divina e a prática de seus ensinamentos), Avodá (o serviço Divino) e Guemilut Chassadim (prática da assistência social).
Esses têm sido os princípios pelos quais tem vivido o povo judeu.
Em seu magnífico livro sobre o Pirkê Avót, ("A Ética do Sinai", publicado em português pela Editora Sêfer), o Rabino Irving Bunim apresenta dois comentários sobre essa mishná, sendo, o primeiro, uma mensagem constante do testamento de Rabi Iehudá Hanassi (Judá, o Príncipe), e o segundo, uma recomendação do rei Salomão feita em Cohelet. Vejamos estes comentários:
O Rabi Iehudá Hanassi legou a seus filhos, em testamento, instruções que, à primeira vista, parecem estranhas. Ele disse o seguinte: "A lamparina (ner) deve ser mantida acesa; a mesa (shulchan) deve ser mantida posta; e a cama (mitá) deve permanecer arrumada, como sempre foi."
Seus filhos compreenderam a mensagem da seguinte forma:
Minha dedicação ao estudo da Torá deve ser continuada por vós, tendo como símbolo a lamparina (ner), que me permitia estudar pela noite a dentro; a mesa (shulchan) na qual sempre recebi os famintos e aflitos, praticando Guemilut Chassadim, deve permanecer posta, para que esse comportamento continue sendo parte essencial de vossa vida; e a minha cama (mitá), onde eu me retirava tarde da noite a fim de, no sono, renovar as forças com as quais eu me dedicava a Avodá (serviço Divino), lhes fará ter presente, a todo momento, minha forma de louvar o Eterno, para também ser praticada por vós.
Assim, os filhos de Rabi Iehudá Hanassi compreenderam que, na realidade, ele os conclamava a se dedicarem a Torá, Avodá e Guemilut Chassadim. Curiosamente, as letras iniciais de cada um dos objetos citados por ele no testamento - Shin, Mem e Nun - formam a palavra Shemen, óleo. Dessa forma, o óleo está associado à determinação de Am Israel de manter, como fundamentos de sua conduta, a dedicação a Torá, Avodá e Guemilut Chassadim.
Por outro lado, no Livro de Cohelet (Eclesiastes 9:8), o rei Salomão exorta: "Que em todas as circunstâncias, sejam alvas as tuas vestes, e que não falte óleo (shemen) sobre tua cabeça."
A primeira parte dessa frase é interpretada da seguinte maneira: "Que teus atos sejam sempre revestidos de pureza, mantendo os princípios da nossa tradição, não deixando que se mesclem de múltiplos coloridos advindos das filosofias com que te queiram subverter." Quanto à segunda, ela remete à associação da palavra shemen com os três princípios básicos de conduta: dedicação a Torá, Avodá e Guemilut Chassadim
Não é por acaso que Am Israel é comparado ao shemen, substância que, mesmo misturada com outros líquidos, deles se separa e a todos se sobrepõe. Envolvido por Torá, Avodá e Guemilut Chassadim, Am Israel não se diluirá, nem dissolverá entre os demais povos, permanecendo sempre nos caminhos que lhe foram determinados pelo Eterno.
Os milagres de Chanucá reafirmam que o povo que pauta seu comportamento por esses parâmetros é indestrutível.
Na época dos Macabeus, pela primeira vez na história, um povo lutou heroicamente em defesa de seus valores espirituais e pelo direito de manter suas tradições. O império sírio-helênico não ameaçava a sobrevivência física dos judeus, mas queria destruir sua fé e impedi-los de seguir os ditames de sua religião. A forma pela qual a vitória de um grupo tão pequeno contra um inimigo tremendamente mais forte foi celebrada, deixa indubitavelmente clara a motivação da luta dos chashmonaim, a qual se deu com o reacendimento da Menorá como uma de suas partes fundamentais.
Como já vimos, esta podia ser alimentada apenas com óleo muito puro, preparado especialmente para este fim e guardado em vasos com um selo do Cohen Gadol. Só um pequeno vaso fora encontrado intacto, pois todos os demais haviam sido conspurcados. Ele continha óleo suficiente para manter a Menorá acesa somente por um curto período de tempo, mas ele ardeu durante os oito dias, o tempo necessário para a preparação de novas jarras de óleo, que pudessem assegurar sua alimentação contínua. O vaso único de óleo não conspurcado simboliza os princípios de vida de nossos antepassados - Torá, Avodá e Guemilut Chassadim. O fato de uma única porção de shemen, suficiente apenas para um dia, ter durado milagrosamente 8 dias, simboliza o Eterno amparando Am Israel em todos os momentos da história, mesmo naqueles em que toda a esperança parecia estar perdida.
Além da recitação do Halel completo no serviço matutino de shacharit, a prece Al Hanissim é acrescentada à Grande Oração e à Benção de Graças Após as Refeições durante os 8 dias de Chanucá:
Rendemos-Te graças pelos milagres, pela salvação e pela maravilhosa libertação que realizaste em defesa de nossos pais, naqueles dias que comemoramos nesta data.
Na época de Matitiáhu, filho do sumo sacerdote Iochanan, o Chashmonai, e de seus filhos, quando o tirânico império dos helenistas se ergueu contra Israel, Teu povo, para fazê-lo esquecer Tua Torá e obrigá-lo a transgredir os mandamentos de Tua Lei, Tu, nesta hora de aflição, em Tua magna misericórdia, ouviste seu clamor e o defendeste. Travaste sua luta, defendeste o seu direito, entregaste os fortes nas mãos dos fracos, os numerosos aos que estavam em minoria, os ímpios aos puros, os malévolos aos justos, e os frívolos aos que cumpriam Tua Torá. Firmaste em todo o mundo Tua magna e santa reputação, garantindo a Teu povo salvação e libertação duradouras até hoje. Em seguida vieram Teus fiéis ao recinto de Tua Casa, reinstalaram Teu Santuário, purificaram Teu Templo e acenderam luzes em teus Pátios Sacros, determinando serem os oito dias de Chanucá dedicados a elevar louvores e agradecimentos a Teu grande Nome.
Em pleno século 20, além da tragédia do Holocausto, que dizimou um terço do nosso povo, enfrentamos a ação devastadora de uma filosofia imposta por uma grande nação, que tentou destruir, nos judeus, sua fé, sua memória histórica e seus sentimentos nostálgicos pela Terra de Israel. Que os judeus da Rússia tenham bravamente resistido a todas as pressões e mantido a consciência de pertencer à família dos descendentes de Abrahão, não é, talvez, um milagre menor que o de Chanucá. Num esforço contínuo, arriscando-se a serem exilados para a gélida Sibéria e a perderem todas as possibilidades de trabalho e sobrevivência material, buscaram vistos de saída, para poderem se dirigir à terra de seus sonhos. Isolamento e prisão, calúnias e falsas acusações não conseguiram destruir a consciência judaica de uma Ida Nudel ou de um Natan Sharansky. Ao assistirmos seu retorno a Israel, compreendemos que, na celebração de Chanucá, não podemos deixar de lembrar, também, o milagre da sobrevivência do judaísmo russo e, certamente, o maior de todos, o renascimento de Israel.
Agradecendo ao Eterno pelos atos milagrosos que realizou na época dos Macabeus, temos também presentes a sucessão de milagres pelos quais nosso povo atravessou 20 séculos de história, enfrentando sofrimentos, tragédias e desafios sem conta, mantendo sua integridade, sua capacidade criadora, sua esperança e sua fé. Os Macabeus lutaram não somente contra os mercenários gregos, mas, também, contra os assimilacionistas, que consideravam mais fácil e proveitoso integrar-se na cultura helênica, renegando suas raízes e sua identidade judaica.
Hoje, também, desenrola-se uma luta contra a alienação, o desinteresse e o desconhecimento de nossos valores religiosos, éticos, históricos e culturais. É preciso que, na Diáspora, haja cada vez mais esforços para mostrar aos nossos jovens o caminho da autorrealização dentro dos valores específicos do nosso povo, conscientizando-os para as responsabilidades de um judeu pós-Holocausto e contemporâneo do renascimento de Israel.
Matitiáhu ergueu a bandeira da luta pela liberdade de espírito, mas ela só pôde permanecer erguida e conduzir à vitória, porque seus filhos deram continuidade e consistência a essa luta. É preciso que, onde quer que existam judeus, as novas gerações possam experimentar plenamente a satisfação de viver novamente pelos princípios de Torá, Avodá e Guemilut Chassadim. Cabe a cada um de nós a responsabilidade de ser um exemplo vivo dessa forma de comportamento.
Que seja nosso compromisso manter as luzes de Chanucá como símbolo imperecível de nossa decisão de sermos plenamente judeus, ante quaisquer circunstâncias; de afirmarmos que nossa fé dará poder às nossas forças, para sobrepujarmos nossos opressores; de continuarmos a ser um exemplo inspirador, para a construção de um mundo em que haja compreensão entre todos os povos, respeito aos direitos de cada ser humano; e que Torá, Avodá e Guemilut Chassadim, praticados por todos nós, possam trazer paz - Shalom - a todos os recantos da Terra.
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ROSH HASHANÁ
A passagem de um ano para o seguinte
Aproxima-se o momento em que um ano se desvanecerá com o ocaso e um anoitecer nos transportará a um novo ano. E, nesses instantes que formam a fronteira entre o passado e o futuro, nos reuniremos em nossas sinagogas, envolvidos por pensamentos em que se mesclam esperança e saudade, arrependimento e gratidão, alegria antecipada e resquícios de sentidas mágoas.
Na percepção da fragilidade do ser humano e no reconhecimento do quanto erramos, buscaremos alcançar o perdão, a ser concedido por nossos próprios corações, por aqueles que nos cercam, pela fraternidade dos seres humanos e, principalmente, pelo Eterno.
Ante o aproximar de um novo ano, nosso pensamento se divide entre dois sentimentos: o de esperanças que projetamos para o futuro e o da tentativa de compreensão do que ocorreu no passado.
Está para ser virada uma página do livro de nossa vida. Será que ela marcou o crescimento de nossas realizações, o amadurecimento de nossa inteligência, a realização de nossa potencialidade, o aprofundamento de nossa fé, a conscientização de nossas responsabilidades para com nosso povo e para com toda a sociedade em que vivemos?
Será que cada instituição de nossa coletividade, voltada para a ajuda aos necessitados, recebeu nosso total apoio, cumpriu sua função, trouxe alívio para os que sofrem, conforto para os solitários, medicação aos enfermos, apoio aos anciãos, carinho às crianças?
Os dez dias que se estenderão de Rosh Hashaná até Iom Kipúr nos proporcionarão a possibilidade de uma introspecção perscrutadora, em que ponderaremos os valores que pautaram nosso comportamento e buscaremos, através da inspiração da fé, conscientizar-nos de que nossos atos são parte integrante do diálogo existencial com Deus em que se constitui nossa vida, e, dessa forma, procuramos dar-lhes significados mais profundos e critérios mais nobres.
Imensa será a saudade com que lembraremos aqueles que nos deixaram, e pensaremos em como manter viva sua imagem, aplicando em nosso comportamento os exemplos e atitudes nobres que os caracterizaram.
Admiraremos, com alegria, os primeiros passos na vida dos que nasceram nesse ano, e pensaremos em como poderemos nos constituir em exemplos positivos para a nova geração.
Continuaremos tentando compreender, na complexidade da vida social e política do recém iniciado século 21, o porquê de tanto ódio, tanta incompreensão, tantas guerras, e reafirmaremos nosso tradicional compromisso e nossa total responsabilidade de cumprir a missão que há quatro milênios foi entregue a Abrahão: "Sê tu uma bênção para todos os povos."
Em nossas preces, lembraremos todos os seres humanos, rogando que, para todos, o ano seja repleto de saúde, paz, realizações e bênção. Rogaremos para:
Que todos os que creem no Eterno possam ter a certeza de seu caminho, tenham força e confiança para enfrentar os obstáculos que se lhes antepuserem, e possam ser abençoados com a felicidade de cumprir suas metas.
Que tenhamos humildade bastante para reconhecer nossos erros e coragem suficiente para repará-los.
Que cada um se sinta comprometido em dedicar uma parte de seus esforços em benefício da comunidade da qual participa.
Que nossas ações contribuam para que:
Haja menos ódio, menos incompreensão e menos violência.
Haja mais compreensão, amor, paz e fé.
Que mais crianças sorriam. Que menos pais tenham motivos para chorar.
Que os poderosos do mundo se curvem ante a justiça das causas.
Que os justos tenham reconhecida, perante todos, a força do direito.
Que o Brasil seja para todo o mundo o exemplo de um país que constrói em harmonia, se desenvolve em segurança e convive em justiça e fraternidade. E que o Eterno conceda inspiração, criatividade e disposição para o trabalho a cada um de seus habitantes, para que o esforço conjunto de todos transforme subdesenvolvimento numa palavra do passado; dependência econômica em algo desconhecido; crise de energia numa etapa superada; e estado de exceção, uma exceção nunca mais repetida.
Que uma paz completa e duradoura seja alcançada no Oriente Médio e que Israel possa se desenvolver com segurança, ajudando, com sua tecnologia e seu exemplo de democracia, a melhorar o padrão de vida de todos os seus vizinhos.
Que não haja mais distorções nos noticiários a respeito de Israel e que o mundo todo compreenda que cooperação, paz e desenvolvimento conjunto são as verdadeiras metas deste país, e que sua consecução trará benefícios para toda a humanidade.
Que a ética, a moral e a fé de Israel se irradiem por toda parte, tornando realidade o versículo que diz: Ki mitsion tetsê Torá udvar Hashem mirushaláyim - "Pois de Tsión emanará o ensinamento da Torá, e de Jerusalém, a palavra do Eterno."
Que possam todos os homens do mundo expressar a totalidade de seu sentimento para com o próximo por meio de nossa tradicional saudação, SHALOM !