Entre a autobiografia e o romance, 'De amor e trevas' é a extraordinária recriação dos caminhos percorridos por Israel no século XX, da diáspora à fundação de uma nação e de uma língua - o hebraico moderno.
É também uma reflexão sobre a história do sionismo e a criação de Israel como necessidade histórica de um povo confrontado com a ameaça de extinção.
Ganhador do Prêmio France Culture de 2004 e do Prêmio Goethe do mesmo ano, 'De amor e trevas' extrai sua grandeza da simplicidade de um gesto narrativo que faz do olhar de um menino o fio condutor de uma história vigorosa e bela da constituição da identidade de dois sujeitos, um garoto e uma nação. Essa confluência é sintetizada em cenas que marcaram a memória do escritor, como a da multidão que ouve pelo rádio, numa praça de Jerusalém, a votação da onu que determinou a criação do Estado de Israel - cenas que se imprimem na mente do leitor com uma notável força narrativa.