Um dos mais importantes testemunhos sobre a vida nos campos de concentração, "A noite" é a obra-prima de Elie Wiesel, um relato autobiográfico franco e aterrador de sua experiência nos campos de extermínio nazistas.
Uma obra concisa de poder assombroso.
The New York Times
Uma memória de intenso poder. Relatos tão impressionantes que chegam a tirar o fôlego por sua precisão pungente. Uma leitura extremamente necessária.
The Guardian
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Em uma cidade que hoje é parte da Romênia, Eliezer se dedicava aos estudos judaicos quando, em 1944, sua família foi transferida para os guetos e, depois, aos campos de concentração.
A mãe e a irmã mais nova foram mortas logo ao chegar, enquanto Elie e o pai seguiram juntos na luta pela sobrevivência. Com apenas 15 anos, ele enfrentou a fome, o frio e a tortura, testemunhando a morte das piores formas possíveis.
Neste livro, Elie narra suas memórias em um relato conciso, com uma linguagem direta que surpreende pela intensidade.
Mas ele vai além, ao expressar a perda da inocência, a sensação de abandono quando deixa de acreditar em Deus e a vergonha de ter sua dignidade arruinada pela banalização do horror.
Foi com "A noite" que ele enfim reencontrou sua voz dez anos após o Holocausto, descobrindo na preservação da memória um sentido para sua sobrevivência.
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Comentários:
O nome do autor é Eliezer Wiesel, sobrevivente dos campos de concentração da Alemanha que dizimou 6 milhões de judeus durante a II Guerra. É ganhador do prêmio Nobel da Paz de 1986 pelo seu conjunto de obra (mais de 40). Este livro é o primeiro escrito pelo autor em 1958, estimulado por seu amigo François Mauriac (Prêmio Nobel de Literatura). É um livro denso, condensado e extremamente conciso. Linguagem simples e crua. Um panorama do mal absoluto e de como ele se manifesta. "A Noite" é a descoberta do mal e da constatação de que este mal advém do próprio homem e independe de qualquer deus ou ser onipresente, mesmo no homem que acredita neste ser.
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Neste livro de memórias, o autor narra os horrores dos campos de concentração alemães na segunda grande guerra. Prisioneiro aos quatorze anos de idade, Wiesel não passou apenas por humilhações de ordem racial, mas sim testemunhou a morte de diversas pessoas, entre elas seus pais e sua irmã caçula. A narrativa impressiona não apenas pelo caráter desumano da tentativa de Hitler de construir uma raça pura, mas também, nas palavras de Mauriac, pela "morte de Deus nessa alma de criança que descobre subitamente o mal absoluto". Uma história comovente e extraordinária , que irá emocionar profundamente os leitores.
Nascido no seio de uma família judia na Roménia, Elie Wiesel era adolescente quando, juntamente com a família, foi empurrado para um vagão de carga e transportado, primeiro para o campo de extermínio, Auschwitz, e, depois, para Buchenwald. Este é o aterrador e íntimo relato do autor sobre os horrores que passou, a morte dos pais e da irmã de apenas oito anos, e da perda da inocência a mãos bárbaras. Descrevendo com grande eloquência o assassínio de um povo, do ponto de vista de um sobrevivente, Noite faz parte dos mais pessoais e comovedores relatos sobre o Holocausto, e oferece uma perspectiva rara ao lado mais negro da natureza humana.
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Ouvi alguém dizer há pouco tempo que já tudo se escreveu sobre o Holocausto. Não concordo. E é por isso que leio tantos livros sobre este tema, porque acho que ainda há muito para se dizer e é importante não deixar cair no esquecimento este período da História. Este livro de Elie Wiesel é, provavelmente, o livro mais pequeno que li sobre esta temática, mas o que mais me marcou até hoje. Um relato capaz de cortar, literalmente, a respiração.
Ana Barroso
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O que é que torna este pequeno livro num grande livro?
Não sei explicar, porque leio tantas histórias acerca deste tema, deveria ficar enfadada por ser mais do mesmo, mas para mim nunca é mais do mesmo, cada experiência é única, cada texto acrescenta sempre novos conteúdos, só o contexto é que é igual. Noite é um livro com poucas páginas, mas o suficiente para nos dar a conhecer o relato (bem escuro) da deportação do autor e da sua família. Se gostou deste livro leia também Canção de Embalar de Auschwitz de Mario Escobar.
Carla Tomé
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Ao inicio parece apenas mais uma livro sobre tudo o que ali se passou, mas é bastante marcante ler todo o sofrimento contado na 1ªpessoa e ainda por cima tão jovem. Aconselho sem dúvida.
Sílvia Pereira
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Assustadoramente delicioso. Arrepia a alma.
Carlos Cruz