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Entre a Luz e as Trevas

Por que o conflito entre Israel e Hamas importa para você e para todo o mundo
Autor: Claudio Lottenberg
SKU: 146334
Páginas: 176
Avaliação geral:

Nesta obra esclarecedora, o autor busca informar sobre as verdadeiras causas e prováveis consequências do que ocorre no Oriente Médio e suas raízes históricas. Pois, ao invadir Israel, o Hamas expôs ao mundo a face mais brutal de uma disputa entre modelos de sociedade. E não é a soberania sobre um pedaço de terra que está em jogo, e sim, algo muito maior, que importa a todos os que defendem a liberdade, o respeito, a justiça e a pluralidade.

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Descrição

Este livro nasce de uma profunda preocupação com os desafios enfrentados pelas sociedades democráticas contemporâneas. Ao invadir Israel no dia 7 de outubro de 2023, assassinar cerca de 1.200 pessoas e sequestrar mais de 230, o Hamas expôs ao mundo a face mais brutal de uma disputa entre modelos de sociedade. Não é a soberania sobre um pedaço de terra, muito menos o futuro dos palestinos e israelenses que está em jogo. É algo muito maior, que importa a todos os que defendem a liberdade, o respeito, a justiça e a pluralidade.

Claudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil e ex-presidente do Hospital Albert Einstein, oferece uma visão alinhada com esses valores, destacando a importância do reconhecimento mútuo e da coexistência pacífica.

Nesta obra esclarecedora, o autor busca informar sobre as verdadeiras causas e prováveis consequências do que ocorre no Oriente Médio, suas raízes históricas e as possíveis soluções para uma paz duradoura. Afinal, uma compreensão aprofundada é fundamental para a construção de um futuro melhor não apenas para todos os envolvidos em tão sangrento e lamentável conflito, mas para toda a humanidade.

Índice e trechos

Sumário

Prefácio
Apresentação
Introdução: O triunfo da luz
Capítulo I: Linha do tempo do conflito
Capítulo II: Contextualização do conflito no Oriente Médio
Capítulo III: Antissemitismo e antissionismo
Capítulo IV: 7 de outubro de 2023
Capítulo V: A posição do Brasil
Capítulo VI: Caminhos para a paz
Capítulo VII: A guerra da desinformação
Capítulo VIII: O conflito em 18 conceitos
Capítulo IX: Anexos
QR Codes das demais entrevistas
Epílogo
Agradecimentos

Prefácio

Ao mergulhar na narrativa de Claudio Lottenberg, fui profundamente tocada, pois suas palavras trouxeram à tona memórias que, por muito tempo, guardei em um canto distante da minha mente. Como cristã libanesa, minha vida foi marcada pela guerra civil, um conflito devastador que começou em 1970 (oficialmente em 1975) e durou quinze anos, despedaçando meu país e forçando milhares a busca- rem segurança em terras estrangeiras, como exilados que até hoje somos. Sou uma libanesa desatualizada no contexto atual libanês e uma brasileira sem raízes. Um sentimento que só uma imigração forçada provoca.

O que me levou a aceitar o convite para prefaciar Entre a luz e as trevas foi uma profunda perplexidade e um desconcerto ao ver jovens em pleno século 21, nas ruas de países ocidentais, engajarem-se com tanta belicosidade em causas que, claramente, desconhecem em sua complexidade. Jovens que aparentam estar desprovidos de um entendimento histórico e geopolítico mais profundo sobre o Oriente Médio e que exibem uma hostilização perturbadora, apoiando organizações terroristas sem a mínima compreensão do que elas representam. Ao abraçar a causa palestina através do Hamas, muitos, em sua busca por propósito que acreditam ser humanitário, acabam relativizando a vida humana e afastando-se da possibilidade de uma conciliação pacífica entre povos e da esperança de um mundo mais tranquilo. Essa realidade inquietante é o que me impele, após anos de silêncio, a revisitar temas que, outrora, considerei encerrados em minha trajetória. Hoje, vejo com clareza o perigo iminente: as mesmas forças que já devastaram pequenas minorias no Oriente Médio agora ameaçam se espalhar como um incêndio incontrolável pelo resto do mundo.

Darei aqui uma pincelada daquilo que conheço e vivi antes de me exilar vinda do Líbano, com minha família, em 1970, ao Brasil, na esperança de esclarecer resumidamente uma nebulosa passagem da história com a chegada de recente do Oriente Médio. Os conflitos no Líbano, que se iniciaram com um governo enfraquecido, se intensificaram um grande número de refugiados palestinos, expulsos de países árabes, como o Egito e, em especial, a Jordânia. Após a divisão estabelecida a partir de 1948, quando o Estado de Israel foi criado, muitos palestinos fugiram dos conflitos em suas terras de origem e buscaram refúgio nos países vizinhos. No entanto, a presença da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e suas atividades militares provocaram tensões em países como a Jordânia.

Em 1970, essas tensões culminaram no "Setembro Negro", quando o rei Hussein da Jordânia expulsou a OLP de seu território, após confrontos violentos que ameaçavam a estabilidade de seu governo. Muitos palestinos, juntamente com a liderança da OLP, se dirigiram ao Líbano, onde foram inicialmente recebidos com compaixão. O Líbano, com sua diversidade religiosa e histórica hospitalidade, ofereceu abrigo a esses refugiados, concedendo-lhes passaportes e um espaço para recomeçar.


No entanto, a OLP rapidamente transformou o Líbano em sua base de operações, usando o território para lançar ataques contra Israel e organizar operações terroristas contra o Ocidente. Isso não só colocou o Líbano no centro do conflito árabe-israelense, como também exacerbou as tensões internas entre as diversas comunidades religiosas e políticas do país.

Em meio a essa turbulência, o massacre de Damour contra cristãos, efetuado por islamitas radicais em 1976, e a represália nos campos de Sabra e Shatila desencadearam uma crise que hoje parece sem volta. 
Damour, uma cidade cristã maronita, foi atacada brutalmente por milícias islamitas radicais, resultando na morte de centenas de civis, muitos dos quais eram mulheres e crianças. Esse episódio foi um símbolo trágico da escalada da violência e do caos contra cristãos, como no caso do Líbano.

A narrativa de Claudio Lottenberg, ao abordar a situação atual de Israel, fez-me reviver as memórias da incursão israelense ao Líbano, em 1982. Israel invadiu o sul do Líbano na tentativa de destruir as bases da OLP, proteger os cristãos libaneses a pedido dos Estados Unidos, proteger suas próprias fronteiras e impedir que a Síria, apoiada pelo Irã, assumisse o controle sobre o Líbano. Havia uma esperança de que essa intervenção trouxesse paz e estabilidade à nossa região, mas essa esperança foi destruída com o assassinato de Bashir Gemayel, o recém-eleito presidente do Líbano e líder das Forças Libanesas. Bashir era visto como o último bastião de esperança para muitos cristãos libaneses, representando a possibilidade de um Líbano soberano e independente. Seu assassinato, em 14 de setembro de 1982, em um atentado a bomba atribuído a agentes sírios e seus aliados, marcou o fim desse sonho.

A situação piorou com o ataque terrorista ao quartel dos fuzileiros navais americanos em Beirute, em 1983. Um caminhão-bomba suicida do Hezbollah matou 241 militares dos Estados Unidos. Esse ataque foi um marco na escalada de violência e simbolizou a crescente influência de forças externas, especialmente do Irã, na guerra libanesa.

Décadas depois, em 2005, o assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, um influente político muçulmano e defensor da reconstrução do Líbano, abalou profundamente o país. Hariri, que havia liderado os esforços de reconstrução após a guerra civil, foi morto em um atentado atribuído a forças sírias e seus aliados, que não desejavam a estabilidade do país, destacando a contínua luta pelo controle e pela hegemonia no Líbano.

Ao acompanhar os horrores do dia 7 de outubro de 2023 em Israel, onde o Hamas massacrou e sequestrou jovens em um festival de música, além de matar homens, mulheres e crianças inocentes, não posso evitar a dolorosa comparação com as atrocidades que testemunhei no Líbano. O que acontece em Israel agora não é tão diferente do que enfrentamos durante a guerra civil. Judeus e cristãos, ambos minorias no Oriente Médio, continuam a lutar pela sobrevivência em uma região cada vez mais hostil à diversidade e à liberdade.

As histórias de Claudio e as minhas se cruzam de forma inesperada, mas poderosa. Ambas nos lembram como o mundo, ao esquecer as tragédias do passado, permite que novos horrores aconteçam. A Revolução Islâmica, que começou em um lugar específico, hoje se espalha pelo mundo, recrutando jovens sem direção e propósito, prontos para abraçar causas que mal compreendem.

Escrevo este prefácio inspirada pelas palavras de Claudio porque acredito que, ao unirmos nossas vozes, podemos fazer a diferença. A minha história, a dele e a de tantos outros são lembretes de que não podemos nos dar ao luxo de esquecer o passado. O antissemitismo crescente que vemos hoje é uma ameaça não só para os judeus, mas para todos nós que compartilhamos uma história de luta por liberdade e identidade.

Este livro é um apelo para que não deixemos que o ódio e a intolerância prevaleçam. Como cristã libanesa e alguém que encontrou uma nova vida no Brasil, sinto que é meu dever contribuir para essa causa, na esperança de que possamos, juntos, evitar que as tragédias do passado se repitam.

Alia Carol Maluf

Sobre o autor

CLAUDIO LOTTENBERG é um dos maiores especialistas em oftalmologia do Brasil, sendo o primeiro a realizar uma cirurgia de miopia no país. Esteve à frente, durante quinze anos, do Hospital Israelita Albert Einstein, onde introduziu o SUS e criou a Faculdade de Medicina. Atualmente, é Presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Beneficente da instituição e de sua mesa diretora. É também fundador da rede de clínicas oftalmológicas Lotten Eyes, que já possibilitou atendimento de excelência a mais de 160 mil pacientes.
Claudio está em seu terceiro mandato como presidente da Confederação Israelita do Brasil, sendo porta-voz de questões fundamentais para a comunidade judaica brasileira. Desde o ataque terrorista do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, sua voz tem sido um alerta de que a urgência de se combater o antissemitismo, o discurso de ódio e o terrorismo vai além dos interesses de Israel e dos judeus.
Já publicou os livros A saúde brasileira pode dar certo e Saúde e cidadania, e é coautor de A revolução digital na saúde.