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Os Judeus que construíram o Brasil

Fontes inéditas para uma nova visão da história
Autor: Anita Novinsky
SKU: 14001
Páginas: 304
Avaliação geral:

Em 1591, os portugueses mandaram inquisidores para o Brasil a fim de vigiar e perseguir os judeus. Distante da Europa, o país foi o destino de muitos convertidos, os cristãos-novos. Neste livro, as historiadoras Anita Novinsky, Daniela Levy, Eneide Ribeiro e Lina Gorenstein contam como a Inquisição prendeu mais de mil pessoas, sendo que 29 morreram, além de provocar o desaparecimento de outras mil e de arruinar com famílias em todo o país.

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Descrição

Um capítulo escondido do Brasil. Uma passagem mantida em sigilo. Um passado que envergonha a todos- a fatídica história da Inquisição portuguesa que transferiu para a colônia a perseguição aos judeus. Discriminação, racismo, mortes. Esta é a grande revelação que traz o livro "Os judeus que construíram o Brasil" - fontes inéditas para uma nova visão da história. Resultado de pesquisas realizadas em todo o mundo e, em especial, no até então secreto arquivo do Santo Ofício da Inquisição, esta obra mostra como os judeus e os cristãos novos foram perseguidos nos séculos XVI, XVII e XVIII. A Inquisição contra os judeus foi autorizada pelo Papa e começou em 1478 na Espanha e em 1536 em Portugal. Mas só no final do século XVI, em 1591, os portugueses mandaram quadros para o Brasil a fim de vigiar e perseguir os judeus. Distante da Europa, o país foi o destino de muitos convertidos, os cristãos-novos. Neste livro, as historiadoras Anita Novinsky, Daniela Levy, Eneide Ribeiro e Lina Gorenstein contam como a Inquisição prendeu mais de mil pessoas, sendo que 29 morreram, além de provocar o desaparecimento de outras mil e de arruinar com famílias em todo o país.

Trechos

Judeus e "marranos" na construção do Brasil

Foi revelado recentemente um capítulo escondido da história do Brasil, mantido em sigilo por séculos. Estamos falando da fatídica história da Inquisição portuguesa, que transferiu para a colônia a perseguição aos judeus. 

Discriminação, racismo, mortes. Esta é a grande revelação que traz o livro "Os judeus que construíram o Brasil" - fontes inéditas para uma nova visão da história. Resultado de pesquisas realizadas em todo o mundo e, em especial, no até então secreto arquivo do Santo Ofício da Inquisição, esta obra mostra como os judeus e os cristãos novos foram perseguidos nos séculos XVI, XVII e XVIII.

A Inquisição contra os judeus foi autorizada pelo Papa e começou em 1478 na Espanha e em 1536 em Portugal. Mas só no final do século XVI, em 1591, os portugueses mandaram quadros para o Brasil a fim de vigiar e perseguir os judeus. Distante da Europa, o país foi o destino de muitos convertidos, os cristãos-novos.
Neste livro, as historiadoras Anita Novinsky, Daniela Levy, Eneide Ribeiro e Lina Gorenstein contam como a Inquisição prendeu mais de mil pessoas, sendo que 29 morreram, além de provocar o desaparecimento de outras mil e de arruinar com famílias em todo o país.
 
*  *  *
Os judeus que construíram o Brasil investiga os 'marranos'

POR 
RONALD VILLARDO
07/03/2016    O GLOBO
Tenho duas confissões. 

A primeira é que só consegui concluir a leitura do primeiro livro de 2016 neste fim de semana. É uma vergonha, eu admito. O meu exemplar de "Os judeus que construíram o Brasil", da pesquisadora paulista Anita Novinsky, me despertou curiosidade com combustível suficiente para passar direto para o topo da minha pilha de livros. E não me arrependi.

A segunda confissão é ainda mais grave: até a leitura deste estudo da doutora Anita, eu poderia facilmente ter integrado a lista dos ignorantes acerca do forte sotaque judaico na formação da sociedade brasileira. Imperdoável.

A autora é uma historiadora que dedica sua vida ao estudo dos ben-anussim ou marranos, como eram chamados os judeus que baixaram por aqui fugindo da Santa Inquisição, na Europa.

Só que em terras brasílis os judeus também foram alvo de perseguição. Para muitos deles, a solução era criar um véu que encobrisse suas origens para fugir da fogueira. Adotaram sobrenomes fictícios - há indícios que boa parte dos brasileiros que têm sobrenomes de árvores frutíferas podem ser descendentes de judeus - fingiam adotar as liturgias cristãs, mas ainda assim muitos deles foram "identificados" e queimados, em nome da santa igreja católica.

Alguns cristãos também entraram na rota da morte apenas por defenderem a liberdade de culto dos judeus.

O livro conta esta história embasado em milhares de documentos reunidos pela professora e pelas também historiadoras Daniela Levy, Eneida Ribeiro, Lina Gorenstein.

A reunião dessa papelada rendeu à doutora Anita uma biblioteca espetacular. E ela já avisou que o material será todo doado para a USP depois de sua morte, que ainda demorará muito para acontecer. Enquanto isso, pesquisa de uma vida inteira, devidamente catalogada, pode ser conferida neste livro.

A leitura é leve, direta e, ainda assim, assume um caráter reflexivo sobre a intolerância praticada pelo ser humano.

Em tempos de linchamento online, nada como verificar, por meio deste estudo, que a injustificada agressividade ideológica de pouco serve. Para qualquer povo.

Recomendo fortemente.

*   *   * 

A história desconhecida dos judeus em Portugal e no Brasil

Livro de pesquisadoras joga luz sobre a trajetória dos chamados cristãos novos

O Globo   19/03/2016 - 06:00

 

RIO - Durante 500 anos, o arquivo do Santo Ofício da Inquisição permaneceu fechado em Portugal. Só a partir das décadas de 1960 e 1970 que os pesquisadores puderam se debruçar sobre as centenas de milhares de processos envolvendo cristãos novos, os judeus convertidos ao cristianismo. Desse acervo monumental nasceram as pesquisas que alimentaram "Os judeus que construíram o Brasil" (Planeta), escrito por Anita Novinsky, Daniela Levy, Eneida Ribeiro e Lina Gorenstein. O livro apresenta a vida dos judeus na Península Ibérica e no Brasil, revelando sua importância nas Grandes Navegações e no desenvolvimento do comércio, até que começasse a perseguição do Santo Ofício.

Anita, professora emérita da Universidade de São Paulo (USP) e diretora de uma equipe de pesquisa sobre a Inquisição, defende que o Santo Ofício deve ser compreendido como um órgão político, que atacou os judeus para confiscar seus bens, e não para limpar a sociedade da heresia.

- Há muito engano sobre isso. A Inquisição era um órgão político antes de tudo, que se revestia de um pretexto religioso. A instituição só poderia funcionar se houvesse confisco de bens, pois ela não tinha outra fonte de renda. Eles precisavam do dinheiro dos grandes mercadores para continuar funcionando. Os documentos mostram a Inquisição à serviço do rei de Portugal - afirma a professora.

Por aqui, os cristãos novos se estabeleceram nos principais estados da colônia, como Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Eles dominaram atividades como a Medicina e também se envolveram com o comércio. A obra mostra, inclusive, que a atividade comercial na Península Ibérica era compartilhada por judeus e árabes, pois ambos os povos falavam muitas línguas, fundamental nas transações com o Oriente. A tolerância entre diferentes tradições religiosas foi uma das marcas da ocupação muçulmana da região. Aos judeus era permitido se organizar e viver sob a sua própria lei, sendo obrigados apenas a pagar impostos aos governos.

Anita argumenta que a Inquisição criou uma "cultura do segredo": os presos, ao serem soltos, eram obrigados a assinar um papel em que se comprometiam a não falar nada sobre o que passaram no cárcere. Foi um legado perverso para Portugal, até então conhecido pela convivência excepcional entre os povos. Outra consequência nefasta para o país, aponta a professora, foi o atraso científico e tecnológico.

- Foi a Inquisição que levou Portugal à decadência. Os grandes pensadores foram proibidos. Não eram permitidos a leitura, os estudos científicos, as pesquisas sobre o corpo humano. A única escola superior que podia existir era Coimbra, onde o ensino era controlado - diz Anita.

Sobre o autor

Anita Waingort Novinsky

foi uma das maiores historiadoras brasileiras, especializada na Inquisição portuguesa no Brasil, nos costumes dos criptojudeus e no renascimento da consciência judaica destes, 200 anos após o fim da Inquisição no Brasil.

Nascida em Stachow (Polônia), imigrou com sua família para o Brasil quando tinha um ano de idade. Graduou-se em Filosofia pela USP (1956), especializou-se em Psicologia pela USP (1958) e em Racismo no Mundo Ibérico pela École des Hautes Études en Sciences Sociales et Religiouses (1977), e obteve o doutorado em História Social pela USP (1970) e o pós-doutorado pela Universidade de Paris I (1983), tendo sido Livre Docente da USP até o fim de sua vida.

Foi a fundadora do Laboratório de Estudos sobre a Intolerância da USP e era considerada uma autoridade no tema da Inquisição. Professora emérita da Universidade de São Paulo e professora-visitante em universidades americanas e francesas, foi autora de nove livros e uma centena de artigos no Brasil e no exterior.

Em 2013, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico outorgou a ela a distinção de Pioneira da Ciência no Brasil em homenagem à sua trajetória como investigadora.

Faleceu no dia 20 de julho de 2021. 

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