Cativante desde o começo, "O resgate" é um livro ao mesmo tempo sério e divertido, comovente e esclarecedor, cujo tema central são os Bnei Anussim - os descendentes de judeus forçados a se converter ao cristianismo durante a Inquisição.
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Do PREFÁCIO da Profa. Dra. Anita Waingort Novinsky:
"Ventura tenta ao máximo difundir a causa dos descendentes dos Bnei Anussim, pois, de acordo com ele, é somente assim que acontecerá, finalmente, o grandioso e histórico encontro entre as comunidades judaicas estabelecidas e os descendentes dos judeus forçados que, após séculos de opressão, retornam com orgulho à fé de seus antepassados.
O ideal de Ventura é que os Bnei Anussim não se percam para nós, judeus, depois de sofrermos tantas perdas.
Se tivéssemos mais Venturas, talvez os Bnei Anussim já estariam conosco e já fariam parte de nossas comunidades."
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Fui honrado pelo pedido do Moré Ventura para escrever uma quarta capa para o seu livro, coisa que faço com imensa satisfação.
Cativante desde o começo, O resgate é um livro surpreendente: ao mesmo tempo sério e divertido, comovente, esclarecedor e - por que não dizer? - mágico.
Seu tema central, os Bnei anussim, ou descendentes de judeus forçados a se converter ao cristianismo durante a Inquisição, deveria interessar não apenas a todos os judeus, como a todos os brasileiros, já que os anussim representam uma substancial parcela da população deste país, e até da maioria dos descendentes dos colonos originais.
E entre fatos reais e imaginários, o livro de Ventura ensina judeus a ser judeus, dando a devida importância ao que é realmente importante. Em sua própria súmula, a "Saber que neste mundo somos apenas peregrinos. Saber que nosso corpo físico é somente um meio para que nossa essência possa atuar no mundo material e saber que podemos e que devemos influenciar os seres humanos para o bem, de modo a dissipar as trevas que têm envolvido a humanidade, revelando assim nossa condição de Filhos do Eterno, ajudando os vivos a se libertarem de suas mortes, e os mortos de suas vidas".
Que essa mágica toque profundamente o venturoso leitor, como me tocou. Lu iehi!
Ricardo Belinky de Gouveia