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Clãs parentais

Fragmentos da História do Brasil
Autor: Cláudio Gonçalves dos Santos
SKU: 148148
Páginas: 388
Avaliação geral:

O livro é uma homenagem aos 200 anos de Independência do Brasil focado na história da colonização do Ceará. Aborda a formação do povo brasileiro e resgata a história de uma considerável parcela da população e dos primeiros colonizadores do território: os cristãos-novos portugueses.

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Disponibilidade: Imediata

Descrição

O livro é uma homenagem aos 200 anos de Independência do Brasil focado na história da colonização do Ceará. Aborda a formação do povo brasileiro e resgata a história de uma considerável parcela da população e dos primeiros colonizadores do território: os cristãos-novos portugueses.

A obra foi publicada pela Lisbon International Press, com sede em Lisboa, e conta com Heitor Feitosa Macêdo como coautor, apresentação de Daniela Levy (historiadora e pesquisadora da USP no núcleo de pesquisa Anita Novinsky) e prefácio de Lúcio Gonçalo de Alcântara (senador, governador, vice-governador e prefeito de Fortaleza).


O livro está dividido em 5 partes, sendo:
Parte 1 - Portugal: os autores resgatam o contexto histórico da vida dos judeus em Portugal, antes do édito real de expulsão de 5 de dezembro de 1496, assinado pelo Rei D. Manuel I após casamento com Dona Isabel de Castela, resultado do emaranhado de interesses político-religiosos. Os "Reis Católicos" (Isabel e Fernando), que haviam expulsado os judeus e mouros de seus reinos em março de 1492 (Édito de Granada), exigiram que o Rei de Portugal,também fizesse o mesmo, condição para realização do casamento com sua filha.

 Destacam a história dos ramos das famílias Alenquer, Feitosa e Monte Bocarro em Portugal.


Parte 2 - Brasil: a chegada dos colonos em sua maioria cristãos-novos, fugindo do Tribunal do Santo Ofício, iniciam nova vida na colônia Portuguesa. Para conquistar o novo território, fazem uso da "cruz e da espada". Participam de lutas sangrentas contra os nativos, verdadeiros donos da terra. Destacam o episódio que ficou conhecido como "guerra dos Bárbaros" (1683-1713).
Com a conquista da terra, vem a divisão do território em "Sesmarias", grandes propriedades para criação de gado, cavalos e mulas, garantindo o alimento com o gado e o transporte por terra com cavalos e mulas.


Parte 3 - Lutas entre famílias. Destacam episódio envolvendo seus ancestrais na guerra privada envolvendo os ramos das famílias "os Montes e os Feitosa" em 1724. Resgatam publicações que relatam a guerra entre as duas famílias através da visão de diferentes autores:
"Lutas de Famílias no Brasil" de Luiz de Aguiar da Costa Pinto, publicado em 1949. Estudo sobre a família e o Estado, vinganças privadas.
"Um herói esquecido " João da Maia Gama" de F.A. Oliveira Martins, publicado em 1944 pela Editora Ática, apresenta o diário de João da Maia Gama em sua viagem pelo interior do Ceará.


"O Clã dos Inhamuns" de Nertan Macedo, publicado em 1965 pela Editora Comédia Cearense, apresenta a guerra entre os Montes e os Feitosa.
"Os Feitosas e o sertão dos Inhamuns" do americano Billy Jaynes Chandler, pesquisa de 1965, para tese de doutorado sobre disputas familiares no interior do Ceará, foi publicado no Brasil em 1981 pela editora da Universidade Federal do Ceará (UFC).


Parte 4 - Lutas por idéias republicanas. Resgatam os valores, idéias e ancestrais que participaram da Revolução Pernambucana de 1817 e da Confederação do Equador de 1824.


Parte 5 - Destacam nomes de ancestrais que contribuíram para a história do Brasil, cada um, dentro de sua área de atuação de Dona Bárbara Pereira de Alencar (Heroína Nacional), Tristão Gonçalves Pereira de Alencar, assassinado durante a Confederação do Equador, Tristão de Alencar Araripe, primeiro presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José de Martiniano de Alencar (escritor), Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, 26° Presidente do Brasil (1964-1967), dentre outros nomes.


O livro conta ainda com anexo "passado Sefardita", com origens da família Monte no Brasil e os processos do Santo Ofício da Inquisição contra Branca Dias e sua família.


Veja o que autor tem a dizer sobre a obra:


Índice e trechos

Sumário
Prefácio - Lúcio Gonçalo de Alcântara 
Apresentação - Daniela Levy
Depoimentos
Francisco Lima do Monte
Homero Castelo Branco
João Cláudio Pacheco Gonçalves dos Santos
Juarez Fernandes Leitão
Lauro Barbanti
Maria Helena Alencar
Maria Thereza Távora de Castro
Maurício Barbanti Mello
Rita Maria Pepitone da Nóbrega
Victória Barbante Franzé Margarida
Poema "Memória do Avô -  Raimundo Gadelha
Lista de Imagens
Lista de Tabelas
Lista de Mapas


PARTE 1 | PORTUGAL
1.1 Os Alenquer
1.2 Os Feitosa  
1.3 Os Monte Bocarro  
1.4 Os judeus na Península Ibérica
1.5 Invasão Árabe
1.6 Convívio em Harmonia e Destaque Social  
1.7 Rabino-mor
1.8 A batalha e Toro
1.9 Onomástica dos judeus na cultura portuguesa no século XIV 
1.10 O casamento de D. Manuel I com Dona Isabel de Castela
1.11 O Tribunal do Santo Ofício
1.12 Bulas papais que lançaram as bases para a Inquisição
1.13 Os Bocarro - uma rede de comunicação e negócio


PARTE 2 | BRASIL
2.1 Capitania de Pernambuco - período colonial
2.2 Capitania de Pernambuco - período de ocupação holandesa,1630 - 1654
2.3 Os Alencar
2.4 Os Feitosa
2.5 Os Monte Bocarro
2.6 Grandes secas - dizimam rebanhos, destroem riqueza e promovem o deslocamento das famílias
2.7 Perseguição religiosa contra a família Bocarro
2.8 Guerra dos Bárbaros
2.9 Sesmarias - grandes fazendas

PARTE 3 | LUTAS ENTRE FAMÍLIAS, 1716 - 1730
3.1 Os Clãs - Monte e Feitosa protagonistas da guerra privada de 1724 
3.2 "Lutas de Famílias no Brasil' de Luiz de Aguiar da Costa Pinto, relatos sobre Clãs Montes e Feitosa
3.3 "Um herói esquecido - João da Maia da Gama" de F.A. Oliveira Martins, relatos sobre os Clãs Montes e Feitosa 
3.4 "O Clã dos Inhamuns" de Nertan Macedo sobre os Clãs Montes e Feitosa
3.5 "Os Feitosas e o sertão dos Inhamuns" de Billy Jaynes Chandler sobre os Clãs Montes e Feitosa


PARTE 4 | LUTAS POR IDÉIAS REPUBLICANAS
4.1. Revolução Republicana de 1817
4.2. Confederação do Equador de 1824 


PARTE 5 | NOMES QUE CONTRIBUIRAM COM A CONSTRUÇÃO 
DO BRASIL 
FAMÍLIA ALENCAR
Origens da Família no Brasil - os quatro Irmãos 
Bárbara Pereira de Alencar
Tristão Gonçalves Pereira de Alencar 
José Martiniano Pereira de Alencar
Tristão de Alencar Araripe 
José Martiniano de Alencar
Marechal Humberto de Alencar Castello Branco 
FAMÍLIA FEITOSA 
Coronel Manuel Martins Chaves
Lourenço Alves Feitosa
Francisco Alves Feitosa, patriarca do "Clã Feitosa"
José Alves Feitosa
José do Vale Pedrosa 
FAMÍLIA MONTE
João de Montes Bocarro, capitão do terço dos paulistas
Francisco de Montes e Silva, patriarca do "Clã Montes"
Manoel José do Monte
Manuel do Monte Rodrigues Araújo 
Helvécio da Silva Monte
ANEXOS - PASSADO SEFARDITA
1. Origens da Família Monte no Brasil
2. Branca Dias
3. Processos do Santo Ofício da Inquisição contra Branca Dias
e sua família 
4. Engenho Camaragibe - Pernambuco 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Prefácio

Lúcio Gonçalo de Alcântara

Clãs Parentais não é um livro de genealogia escrito no modelo tradicional. Dispensa as longas listas de linhagens e os diagramas de descendências que costumam instruir publicações dessa natureza. Os autores pinçam alguns de seus ancestrais entre membros das famílias Alencar, Monte e Feitosa, alguns dos quais se destacaram na colonização do Ceará desde o século XVII ou em episódios históricos relevantes, autóctones, conflitos familiares (1724), ou de cunho regional, na chamada Revolução Pernambucana (1817) e a Confederação do Equador (1824).

Para falar desses personagens selecionados, a obra mergulha na história. Quando trata dos primórdios da nossa colonização, remete ao martírio da Inquisição que baniu tantos portugueses para as terras virgens e ensolaradas do Nordeste. Ao falar da vivência litigiosa clânica, comenta a debilidade da administração colonial, a ausência do Estado nos sertões do Cariri e dos Inhamuns, e a distribuição de sesmarias como estímulo à ocupação do solo.

Reporta-se às transações entre as autoridades, símbolos do poder, e os donos de fato do poder, os proprietários rurais. Por isso, afirmo que estamos, na verdade, diante de um livro de história que se serve da genealogia como suporte integrador. E ao dispor sobre pessoas, costumes, ambições, relações econômicas, a luta pelo poder e sua preservação, explica, por exemplo, a incidência dos casamentos endogâmicos.

Câmara Cascudo (1898-1986), chegou a dizer que "a genealogia é a menos considerada das colaboradoras da história", enquanto Hugo Catunda (1899-1980), que pertenceu ao Instituto do Ceará, Histórico, Geográfico e Antropológico, valoriza a contribuição de estudos genealógicos como "valiosa fonte de pesquisa que interessa vivamente à outras disciplinas sociais para explicar a vida e o comportamento das gerações humanas ao longo dos séculos"  . É exatamente isto que ocorreu na obra em prefácio. A partir de personalidades identificadas no texto, de diferentes épocas, foi possível estabelecer uma correlação entre seus desempenhos em eventos históricos marcantes - ocorridos durante os períodos do Brasil colônia, do Império e da República ?-, sem dourar reputações.

Nesse levantamento histórico, os autores não incidiram no erro de que a genealogia "não serve para gabar os ancestrais, mas para identificá-los". Assim como não sucumbiram a armadilhas usuais em levantamentos do gênero, as quais causam dificuldades ou até iludem o pesquisador.

Os sobrenomes díspares, ocultam parentescos próximos. A valorização de informações familiares e algumas sonegadas, ocultam o descumprimento do celibato disfarçado sob a sotaina do clero indisciplinado. Se ao longo do tempo as publicações no âmbito da genealogia perderam prestígio, as pesquisas em busca das origens familiares voltaram a ganhar força para subsidiar a obtenção de outra nacionalidade junto a países europeus.

Nações ibéricas, Portugal e Espanha, promulgaram leis que concedem aos que comprovem descendência de judeus sefarditas, banidos de Portugal pela Inquisição, o título de nacionais, assim que o requeiram. A medida soa como uma retratação tardia pela injustiça cometida contra esses antecedentes dos beneficiários de hoje, identificados graças aos modernos meios eletrônicos que prescindem da romaria aos alfarrábios recolhidos em cartórios, bibliotecas, arquivos e sacristias, empoeirados e mal conservados.

Foi então, confessa-o Cláudio Gonçalves, que em busca desse inesperado prêmio, acabou por nos dar, junto com Heitor Feitosa, o privilégio de saber mais sobre a história do Ceará, e suas conexões com a brasileira, que ainda requer maior conhecimento e divulgação.

O historiador Capistrano de Abreu (1853-1927), em carta ao Barão de Studart, mencionou o Ceará como um dos estados a ter melhor estudado sua própria história, graças ao enorme esforço despendido por nosso emérito pesquisador. Para sermos dignos dele e outros coevos, e quantos o seguiram na benemérita faina estudiosa, impõe-se recuperá-la.

Saúdo, assim, a dupla de autores, a estreia alvissareira de um (Cláudio) e a confirmação de reputado investigador de outro (Heitor), pelo manancial de judiciosas informações ora trazidas à luz, ofertadas ao público interessado. Só lamento, com escusas, ter incorrido em texto raso para discorrer sobre tema tão profundo, a merecer mais de quem possa apreciá?lo com melhor engenho e arte.

Sobre o autor

Cláudio Gonçalves dos Santos

É economista, mestre em finanças, sócio da Planning, membro do IBGC, IBEF/SP e ABVCAP. É gestor de Valores Mobiliários com registro na CVM. Atua ainda como professor nos cursos de Pós-Graduação da FECAP. É também autor de "Securitização - novos rumos do mercado financeiro" e "Finanças Estruturadas e Bank Valuation".

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