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A Cronologia do Alef Bet

O abecedário judaico contra a ignorância e a maldade do antissemitismo
Autor: Léo Gerchmann
SKU: 146319
Páginas: 256
Avaliação geral:

Em face do recrudescimento do antissemitismo no Brasil e no mundo, especialmente após o 7 de outubro, agora disfarçado de antissionismo para expressar o mesmo antigo preconceito contra o povo judeu - inclusive por setores ditos "humanistas" -, o autor passou a se dedicar à defesa de seu povo ancestral, numa tentativa desesperada de abrir os olhos da sociedade para a real situação do conflito e para que se possa entender a perspectiva judaica.

R$ 68,00 no Cartão
Disponibilidade: Imediata

Descrição

A Cronologia do Alef Bet é um relato da angústia vivida por um brasileiro judeu, descendente de refugiados dos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial. Léo Gerchmann, um experiente repórter gaúcho, foi observando ao longo de 2023 um estranho recrudescimento do antissemitismo pelo Brasil e pelo mundo. Após o 7 de outubro, quando o Hamas invadiu Israel, matando mais de mil pessoas, e irrompeu a Guerra Israel x Hamas, o antissemitismo se revestiu de antissionismo para emergir de novo com o antigo preconceito contra o povo judeu, inclusive de setores ditos humanistas. Na coluna semanal que mantém numa plataforma, o autor passou a se dedicar à defesa de seu povo ancestral, a história, os conceitos, as perseguições milenares, numa tentativa desesperada de abrir os olhos da sociedade para a real situação do conflito e as diferenças entre o povo judeu e o governo de Israel. Trata-se de um livro fundamental para quem quer entender a perspectiva judaica nesse que é um dos temas mais candentes do mundo hoje.

Índice e trechos

Sumário

 
Prefácio 
Introdução
 

Seção I 
Antes do 7 de outubro 
Judeus, sejam judeus! Não judeus, nos escutem!  
Antissionismo é antissemitismo 
Sobre as entidades judaicas 
Nos 20 anos do "Caso Ellwanger", seu roteiro nunca foi tão atual 
Dia de lembrar o Holocausto e alertar contra seu fantasma 
O verdadeiro (e lindo) significado da palavra ?sionismo?  
Mirem-se no exemplo das mulheres hebreias 

Seção II 
Depois do 7 de outubro 
Entenda o conflito israelo-palestino 
Efeitos do antissemitismo estrutural 
Os poréns seletivos que constroem narrativas desonestas  
Não preciso fazer montagem, vai a foto real 
A invisibilidade dos israelenses  
Só se aperta a mão de quem a estende 
A maldade independe da ideologia 
Presidente Lula, enxergue-nos!  
A esquerda burra dá vida à extrema direita 
Mais atenção às palavras 
A narrativa vazia do "intelectual" antissemita 
Aviso aos antissemitas: vocês nos fortalecem  
A única opção justa: 2 Estados e 2 povos, Israel e Palestina  
A necessidade fez deste meu espaço um espaço judaico 
Por que o antissemitismo é uma espécie de síndrome 
Todos devemos ler o livro do Nelson Asnis 
Conheça a pluralidade generosa e humanista do sionismo 
Fala sobre o Holocausto é a homenagem do Lula ao Ustra  
Eu acuso!  
Há mais de cem anos, o jornalismo judaico busca empatia 
Seria Jack Sparrow um judeu fugido do Brasil? 
2024 marca os 120 anos da imigração judaica no RS (e no Brasil) 
Saiba por que Israel é um dos raros países legítimos do mundo  

Epílogo 

Prefácio

Prefácio


Léo Gerchmann é jornalista, com passagens em alguns dos principais jornais do Brasil, como a Zero Hora e a Folha de São Paulo. Entrevistou personalidades como Lula e Mujica, foi correspondente internacional em Buenos Aires, cobriu diversos acontecimentos pela América Latina e já foi convocado (como repórter) para Copa do Mundo, o que, aliás, até já rendeu livro. Pai-coruja do Pedro e da Paula, marido da Dione, publicou vários livros sobre sua outra paixão: o Grêmio, mais uma herança do seu pai, o querido Henrique, também conhecido como Herschel, seu nome em iídiche, língua falada pela maior parte dos imigrantes judeus que vislumbraram no Brasil um porto seguro contra o antissemitismo e a discriminação milenares que passaram.


Léo, filho do Bom Fim, da Miriam e do Herschel, foi mais um judeu que sentiu o mundo mudar após o Hamas invadir Israel para realizar um pogrom, semeando mortes, estupros e destruição. Aquele dia abalou a sensação de segurança do povo judeu, o que se ampliou nos dias e meses seguintes pelo ressurgimento do antissemitismo anabolizado pelas redes sociais, pela incorporação desse ódio milenar às estúpidas polarizações que minam o nosso dia a dia já há alguns anos. Nesse momento, Léo fez o que sempre soube fazer: escreveu. Ele, de forma corajosa, assumiu o risco de narizes torcidos e de rompimentos de amizades de décadas e expôs suas convicções e emoções em suas colunas semanais na SLER, onde escreve todas as sextas-feiras.


Nas colunas publicadas no site e, agora, condensadas neste A Cronologia Alef Bet, que tenho a honra de prefaciar, Léo nos oferece um olhar pessoal, mas que, ao mesmo tempo, mostra opiniões e sentimentos representativos da comunidade judaica brasileira. A cronologia começa com o pogrom do Hamas em Israel, com mais de 1220 vítimas e repercute os fatos que se dão em desdobramento, na política internacional e interna.


O conjunto de textos trata de um tema milenar, porém, muitas vezes, mal compreendido: o antissemitismo. A coragem é necessária ao falar disso, pois este século XXI é pródigo de exemplos de pessoas e grupos que aceitam ler somente aquilo que confirma suas convicções. Isso é o que chamam hoje de pós-verdade, e a história do antissemitismo está repleta das mentiras e das tais "fake news": que os judeus são assassinos de Cristo, seres devassos e inconfiáveis, que só se interessam por dinheiro e explorar as riquezas alheias. Mas, talvez nada supere o mito da conspiração mundial judaica: os judeus buscam dominar o mundo e, através dos Sábios de Sião, do lobby judaico ou do globalismo, forçam os demais países a entrar em guerras e transformam governos em fantoches de suas vontades. Basta espremer um pouco os argumentos à direita e à esquerda do espectro político que surge a ideia de que os judeus são poderosos, ricos e dominam o mundo nas sombras, a verdadeira "elite transnacional".


Umberto Eco, talvez um dos intelectuais que mais se dedicou tanto ao estudo das teorias da conspiração como do antissemitismo, lembra que o antissemitismo é uma discriminação que sobrevive por 2 mil anos, e qualquer ideia que sobreviva tanto tempo adapta-se e transforma-se de acordo com os novos contextos. O semiólogo italiano apontou, em 2009, quando de mais uma rodada de morticínio envolvendo Israel e o Hamas, que "seria possível entender os protestos políticos contra o governo israelense, não fosse pelo fato de que essas manifestações costumam estar impregnadas de antissemitismo". Em artigo com o apropriado título de "O novo antissemitismo", ao falar que os protestos contra Israel degeneravam para o mais puro antissemitismo, ele alertou que "a esta altura isso parece tão normal que parece anormal considerá-la anormal".


Segundo Eco, o antissemitismo é um preconceito que cheira a fundamentalismo religioso, caracterizado por posturas irracionais e fé cega, repleto de contradições: "O antissemita não gosta da ideia de um judeu viver mesmo que por um tempo em um país que não seja Israel. Se, entretanto, um judeu escolher viver em Israel, o antissemita também não gosta disso." Como conta Amos Oz: "As ruas europeias tinham pichações nas quais se lia: "Os judeus para a Palestina? (sessenta anos depois, essas mesmas paredes na Europa tinham pichações contrárias: ?Fora da Palestina, judeus?...)".


As características do antissemitismo da segunda metade do século XX, e que perduram até hoje, foram delineadas por Paul Warszawski, em um artigo chamado de "O Judaísmo e o Novo Antissemitismo", datado de 2009. Primeiramente, ele abandona o formato exclusivamente religioso, herdado da Igreja Católica e abraçado pelos partidos e grupos nacionalistas de direita durante o século XIX e XX. O fundamento racial, típico do nazismo, também é deixado de lado, salvo em grupos marginais. O antissemitismo não é mais religioso nem racial, passa a ser fundamentalmente político.


Por outro lado, permanecem as ideias do judeu como um elemento demoníaco, conspiratório e explorador capitalista. Ideias que são recicladas e ganham uma "roupagem progressista" quando dirigidas não mais aos judeus, mas ao sionismo e ao Estado de Israel, e é projetado nas comunidades judaicas ao redor do mundo. Como diz o autor: "(..) hoje, a hostilidade a respeito do judeu é suscitada em termos políticos, centralizada a propósito do mesmo elemento demoníaco tradicional, mas que se refere ao papel desempenhado pelo Estado de Israel e o movimento sionista em sua projeção para todas as comunidades judias do mundo".


Nesse impasse, o judeu é submetido ao infame teste da dupla lealdade, em que, para pertencer, será obrigado a renegar seu vínculo com o povo judeu e, principalmente, com o Estado de Israel, pois, como diz o autor, o antissemitismo atual, "gostemos ou não, é jogado no tabuleiro político internacional".


A obra de Léo Gerchmann trata desse (não tão) novo fenômeno, mas que voltou à evidência na esteira do massacre perpetrado pelo Hamas em outubro de 2023 e da posterior reação israelense, gritando contra a invisibilidade dos judeus brasileiros, ao mesmo tempo em que denuncia o antissemitismo.


Marcos Weiss Bliacheris

 

 

Sobre o autor

O jornalista Léo Gerchmann trabalhou em redações como Zero Hora (13 anos) e Folha de S. Paulo (11 anos). Escreveu livros com atenção especial à diversidade no futebol e teve passagens por outros veículos, incluindo a atuação como diretor de Jornalismo da TVE, a TV pública gaúcha.

Além da formação como jornalista na UFRGS, graduou-se em Direito na PUC. No segundo grau, sua única escola foi o Colégio Israelita Brasileiro (CIB), e a sua vivência judaica vem, sobretudo, das tradições étnicas repassadas desde sempre pelas famílias materna (sobrevivente do nazismo) e paterna (sobrevivente dos pogroms na Europa Oriental).

Comentários

Apresentação de Ariel Palácios, jornalista da GloboNews


Tive a honra e o prazer de me tornar amigo de Léo Gerchmann em 1997, quando ele foi a Buenos Aires como correspondente do jornal Folha de S. Paulo. Era um ano turbulento na política, mas Leo tirou de letra. Da mesma forma que Sherlock Holmes resolvia seus mistérios matutando enquanto fumava seu cachimbo, Leo desvendava - impassível - a complexa política argentina enquanto segurava sua cuia, tomando goles de chimarrão.

Ele sempre teve um texto fluido, agradável e didático de ler. E esse didatismo estava presente não somente em seu material na época sobre a Argentina (pois ele abominava todos aqueles bregas clichês que existem, ainda bem que cada vez menos, em setores brasileiros sobre a Argentina e a região), mas também é sua marca nas colunas na SLER, onde desmonta as surradas - e superbregas - teorias da conspiração que tanto marcam a classe política brasileira e também os setores fanáticos religiosos do Brasil.

Leo, em suas colunas, também recupera o velho cosmopolitismo cético e laico dos askenazy, que hoje - infelizmente - está meio esquecido no contexto mundial da comunidade, mas que gerou figuras como Sigmund Freud, Karl Marx e Albert Einstein.

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