Analisa a ética internalizada na literatura de Samuel Rawet, avaliando, por exemplo, como a filosofia de Martin Buber e a de Emmanuel Levinas amalgamam-se no texto, norteiam o destino das personagens, desenham o modo particular de se existir no âmbito de um judaísmo em crise, a partir de uma obra que resiste pela forma, conforme proposto por Theodor Adorno.
Qual a função que legitima o ato de criação literária? Quem é o profeta na obra de Rawet? O que significa ser imigrante? O que é ser judeu? O que significa uma obra engajada? Em que medida se efetiva o diálogo entre ética e literatura? Como entender as zonas de silêncio no texto de Rawet? Essas e outras questões foram trazidas à tona por Saul Kirschbaum e oferecem ao leitor novos parâmetros para o entendimento da complexa obra ficcional desse escritor que marca um lugar de estranhamento na literatura brasileira.