Este romance de A. B. Yehoshua tem como personagem central uma mulher morta.
Por não ter documentos e por ter morrido durante um atentado terrorista, essa mulher não pode ser enterrada.
O único papel que encontram com ela a liga à panificadora de um velho empresário, sensível tanto aos seus lucros quanto ao seu renome.
Em função da denúncia de um jornal local que acusa a empresa de 'falta de humanidade' para com seus funcionários, o velho reconhece a necessidade premente de identificá-la e enterrá-la, além de ressarcir a família.
Eis que entra em jogo o encarregado do departamento de recursos humanos, incumbido pelo chefe de dar uma solução ao caso.
Descobre-se, porém, que a mulher era uma imigrante.
O périplo do corpo, de Israel até o país onde nasceu, funde a história dos dois personagens.
E permite - ou impõe - que o encarregado acabe por rever a história de sua própria vida.